Vamos falar sobre osteotomia? No conteúdo a seguir, explico em detalhes como a osteotomia é realizada, em quais situações ela é indicada e como ela pode ajudar você a recuperar sua mobilidade e até voltar às atividades esportivas. Se você está buscando uma solução para dores e desalinhamentos no joelho, convido você a continuar lendo e entender como essa cirurgia pode contribuir para a melhorar na sua qualidade de vida.
A osteotomia é uma cirurgia para corrigir o eixo de carga do membro inferior, que passa pela articulação do joelho. Quando o joelho está desviado para fora, chamamos de genovaro; quando desviado para dentro, chamamos de genovalgo. Essas alterações de alinhamento podem ser constitucionais ou resultar de lesões de cartilagem, menisco e ligamentos no joelho.
Quando o desvio de eixo causa sintomas como dor, edema e limitação funcional nas atividades diárias e físicas, a correção cirúrgica se torna necessária. Realinhando o joelho, redistribuímos a carga para a região central, aliviando a área desgastada.
As osteotomias podem ser feitas no fêmur ou na tíbia, realizando abertura ou fechamento ósseo para corrigir o eixo do membro inferior. Para joelhos em varo, geralmente é feita a osteotomia de abertura medial na tíbia. Para joelhos em valgo, é realizada a osteotomia de abertura lateral no fêmur.
Em casos com desvio acentuado, pode ser necessário usar enxerto ósseo para auxiliar na cicatrização. Em algumas situações, é preciso corrigir lesões em outras estruturas do joelho, como cartilagem ou menisco, durante a osteotomia. Casos de reconstrução do LCA (ligamento cruzado anterior) ou revisão de reconstrução do LCA podem exigir uma osteotomia para realinhamento do eixo, evitando sobrecarga mecânica e falha de cicatrização do enxerto do LCA.
A fixação da correção óssea é feita com placas e parafusos bloqueados, garantindo a estabilidade necessária para manter o eixo corrigido e permitir uma reabilitação precoce. A amplitude de movimento é liberada já no primeiro dia pós-operatório, assim como a ativação e contração muscular. A carga é liberada de forma parcial e progressiva, com o uso de muletas por cerca de seis semanas.
O retorno à prática esportiva é possível após a cirurgia de osteotomia, geralmente após um período de reabilitação. O processo envolve fisioterapia intensiva para restaurar a força e a mobilidade, garantindo que o joelho esteja pronto para suportar a carga e o estresse das atividades esportivas.