Entender como controlar a dor e a inflamação no joelho é essencial para quem sofre com doenças e lesões degenerativas, que muitas vezes limitam tanto as atividades diárias quanto as esportivas. Quando a cirurgia não é a melhor opção ou quando o paciente prefere abordagens menos invasivas, os procedimentos guiados por ultrassonografia oferecem uma alternativa eficaz e segura. Neste conteúdo, explico como utilizamos essas técnicas para tratar o joelho, seja através de infiltrações que regulam o quadro inflamatório e promovem a cicatrização, ou por meio de bloqueios de nervos que aliviam a dor sem comprometer a mobilidade. Convido você a ler mais e descobrir como esses procedimentos podem melhorar significativamente sua qualidade de vida.
As doenças e lesões degenerativas do joelho são marcadas por dor crônica e inflamação recorrente, limitando atividades diárias e esportivas, o que afeta diretamente a qualidade de vida. Quando a cirurgia não é indicada ou o paciente prefere evitá-la, podemos optar por procedimentos minimamente invasivos, rápidos e com baixa taxa de complicação, realizados no consultório.
Esses procedimentos, guiados por ultrassonografia para maior precisão, têm como objetivo controlar a dor e a inflamação, regulando o metabolismo articular e melhorando os resultados da reabilitação física. Existem dois grupos principais: infiltrações e bloqueios de nervos.
- As infiltrações podem ser feitas diretamente na articulação ou na estrutura lesionada, como tendões e ligamentos, visando regular o quadro inflamatório e estimular o reparo tecidual. Podemos usar medicações e produtos biológicos, como ácido hialurônico, aspirado de medula óssea (BMA), microfragmentado de gordura (VSF), plasma rico em plaquetas (PRP), corticoides (triancinolona e dexametasona) e proloterapia, cada um com sua indicação específica.
- Os bloqueios de nervos atuam nas terminações nervosas sensitivas do joelho, principalmente nos nervos geniculares, sem comprometer a mobilidade. Eles ajudam a regular a sinalização de dor exacerbada nas doenças degenerativas e inflamatórias, como a osteoartrite, aliviando a dor e facilitando o ganho de mobilidade e força durante a fisioterapia, promovendo uma melhora funcional significativa.
TÍTULO: Inervação do joelhos (Cápsula Articular) – Nervos Geniculares
A inervação do joelho é um aspecto fundamental para entender as dores e disfunções que podem surgir nessa articulação. Especificamente, a cápsula articular do joelho é inervada por nervos chamados geniculares, que desempenham um papel crucial na percepção da dor e na função sensorial do joelho.
Os nervos geniculares são ramos nervosos que emergem dos nervos femoral, ciático e obturador, e se dividem em várias ramificações ao redor do joelho. Eles inervam a cápsula articular, fornecendo informações sensoriais que são essenciais para a propriocepção, ou seja, a capacidade de perceber a posição e o movimento do joelho. Essa inervação é vital para a estabilidade do joelho, especialmente durante movimentos complexos, como a caminhada, corrida e atividades esportivas.
Porém, quando há uma lesão ou doença degenerativa no joelho, como a osteoartrite, esses nervos podem se tornar fontes de dor crônica. A dor pode ser exacerbada por movimentos simples ou pela inflamação constante, impactando diretamente a qualidade de vida do paciente.
Para o manejo dessa dor, utilizo técnicas como o bloqueio dos nervos geniculares. Esse procedimento é realizado de forma minimamente invasiva, geralmente guiado por ultrassonografia, o que garante maior precisão. O objetivo é interromper temporariamente a condução da dor, aliviando o desconforto e permitindo que o paciente se envolva mais efetivamente em seu processo de reabilitação física.
Esse tipo de intervenção é particularmente útil em pacientes que não são candidatos ideais para a cirurgia ou que preferem evitar procedimentos mais invasivos. Além de oferecer alívio significativo da dor, o bloqueio dos nervos geniculares facilita o ganho de mobilidade e força muscular, fatores essenciais para a recuperação funcional do joelho.
Entender a inervação do joelho e como podemos modular essa atividade nervosa nos permite oferecer tratamentos mais personalizados e eficazes, sempre com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos nossos pacientes e promover uma recuperação mais rápida e confortável.
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