Através deste conteúdo, quero falar com você sobre uma das lesões mais comuns e impactantes na articulação do joelho: a lesão do Ligamento Cruzado Anterior, o famoso LCA. Neste texto que preparei, vamos explorar como esse ligamento funciona, por que ele é tão importante para a estabilidade do joelho e quais são as melhores abordagens para tratar suas lesões, seja através de cirurgia ou reabilitação. Se você já sofreu ou está preocupado com uma lesão no LCA, convido você a continuar lendo para entender melhor o que pode ser feito para restaurar a função do seu joelho e retornar às atividades que você ama. Vamos lá?
Os ligamentos, formados por colágeno, são estruturas que estabilizam as articulações, tanto mecanicamente quanto através de sinalizações do sistema nervoso autônomo, graças aos receptores proprioceptivos. O ligamento cruzado anterior (LCA) atua como um “freio” do joelho, resistindo ao movimento da tíbia para frente em relação ao fêmur e controlando os movimentos rotacionais da articulação. Por isso, sua integridade é crucial para atividades que envolvem saltos, rotações, mudanças de direção, aceleração e desaceleração.
A ruptura do LCA causa instabilidade e perda funcional nessas atividades, aumentando o risco de lesões nos meniscos, cartilagem e outros ligamentos. Devido à sua anatomia e vascularização, o LCA tem uma capacidade de cicatrização muito limitada, sendo que lesões completas e parciais de alto grau geralmente requerem correção cirúrgica.
A cirurgia “padrão-ouro” para a reconstrução do LCA é realizada por artroscopia, utilizando enxerto de tendão. As opções de enxerto incluem o tendão quadricipital, tendões flexores (semitendíneo e grácil) e o tendão patelar, cada um com características específicas. A escolha do enxerto é individualizada para cada paciente.
Após a cirurgia, o enxerto passa por um processo biológico de incorporação, transformando-se no novo ligamento e restaurando a estabilidade do joelho. A reabilitação física supervisionada por um fisioterapeuta especializado é essencial para o sucesso da recuperação e retorno às atividades esportivas.
A abordagem cirúrgica deve ser personalizada, considerando lesões associadas nos meniscos, cartilagem e outros ligamentos. O comprometimento do paciente com o processo de reabilitação é fundamental para um resultado final positivo.
O tratamento não cirúrgico, focado em reabilitação física, é indicado apenas para lesões parciais de baixo grau, sem instabilidade ou lesões associadas, e para pacientes com baixa demanda funcional ou que não podem se submeter à cirurgia.
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